quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

A Fé Morta

Como a Fé de Jó, que movimenta montanhas, ou a Fé inexorável de Jesus Cristo. A Fé que é capaz de erguer obras mais contempladas, a que é o dom da cura. A Fé que salva, a Fé que mata... E quando o ultimo suspiro de desesperança bate a sua porta, a Fé se torna morta. É a ocasião mais triste e a agonizante de todas. Porque não existe raiva, ou nenhum tipo de sentimento forte o suficiente capaz de impulsiona-la pra qualquer que seja a direção. Apenas a Fé trucidada pela realidade vivida, a que é incapaz de realizar a menor das obras, que não pode enxergar nada alem do limitado par de olhos carnais humanos. A que não é capaz de curar um simples resfriado. A vida continua, e o tempo vai ajeitando tudo, ou não. Mais a fé, agora com “f” minúsculo, se encontra morta.

O Mundo em 8 minutos

Na minha frente meninas muito maquiadas, cheias de cilicone e plástica. Meninos se entupindo de anabolizantes. Todos em uma grande festa ouvindo um som pré-projetado, com uma felicidade moldada. (Por quem? Ninguém parou pra pensar nisso na verdade.) Com uma procura insana de aceitação social. Por essa aceitação social, eles são capazes de tudo, de desejar, de falar, e até de agredir seu irmão. Em um meio que nem eles mesmos sabem dizer realmente ser seu habitat. Onde a "reflexão essencial" aos poucos vai se distanciando, se tornando algo tão desemportante quanto os princípios ja esquecido lá atraz. E eu? Um mero maluco falando coisas sem sentido, tocando um violão na pequena janela do meu quarto, com vista privilegiada para a imensa babilônia.